1 - No Brasil pronúncia-se o –s e –z de forma
implosiva – Teyssier define da seguinte forma nosso –s e –z:
“...os
-s e os -z implosivos são sibilantes, realizados como [s] em
final absoluto (atrás, uma vez) ou diante de consoante surda (vista,
faz frio), e como [z] diante de consoante sonora (mesmo, atrás dele)...”.
Em Portugal a pronuncia chiante de -s e -z em final de palavras cria um iode. Por exemplo, a palavra atrás é pronunciada como [atrayš] ou
então a palavra luz se torna [luyš].
2 - Pronúncia
das vogais átonas – No Brasil ocorre a pronúncia de vogais átonas, além disso
também ocorre que as pretônicas são realizadas com o “a” aberto como na palavra
cadeira.
3 - Inovações
fonéticas do século XIX – No Brasil
ocorre a pronúncia do [ẹy] para o ditongo, como por exemplo podemos citar as
palavras lei e primeiro.
4 - Os
timbres abertos e fechados, nas vogais a,
e e o, são neutralizados no
Brasil diante das consoantes nasais.
5 - Tendência
de suprimir o r no final das
palavras, dessa forma palavras como doutor
e fazer são pronunciadas
respectivamente como doutô e fazê.
6 - “O giro estar +
gerúndio, que em Portugal cada vez mais se acantona na língua escrita (salvo em certas
regiões), e que nos registros mais freqüentes da língua fala da vem substituído por estar a + infinitivo,
é, no Brasil, geralem todos os registros; ex.: está escrevendo. O Brasil
conserva a possibilidade de empregar os possessivos sem artigo em casos em que
Portugal já não o faz; ex.: meu carro.”
7 - “...brasileirismos - dezesseis por dezasseis,
dezessete por dezassete, menor paralelamente a mais
pequeno...”
8 – Existe uma certa distinção no vocabulário português
do Brasil comparado ao de Portugal, alguns exemplos são:
Brasil
|
Portugal
|
Trem
|
Comboio
|
Ônibus
|
Autocarro
|
Bonde
|
Eléctrico
|
Aeromoça
|
Hospedera
|
Espátula
|
Faca
de cortar papel
/corta
papel
|
Terno
|
Fato
|
Metrô
|
Metro
|
Bibliograia - TEYSSIER, P. “O português do Brasil”. [Cap. IV, p. 93 e ss]. In.: História da língua portuguesa. [Trad. Celso Cunha]. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
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